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Raríssimo, veado semialbino vive 'escondido' em floresta no MS

Com G1

🦌🦌 Em Inocência (MS), vive um animal que pode despertar o lado místico dos mais criativos: o veado-campestre semialbino. Este é o segundo da mesma espécie a nascer com a pelagem raríssima no estado e foi registrado por colaboradores da empresa Eldorado Brasil. O outro ainda é um filhote e vive no Pantanal, com sua mãe.


A coloração incomum do animal que vive em Inocência é caracterizada pelo distúrbio genético conhecido como piebaldismo. Diferentemente do albinismos, nessa condição a pele branca se mistura com a pigmentação natural. Ou seja, a desordem genética causa despigmentação apenas em certas áreas do corpo ou pelagem do animal e pode aparecer em diferentes espécies.


Segundo a Eldorado, foram documentados 15 avistamentos do veado-albino desde 2020, sendo a maioria deles (11) na fazenda Santa Helena e as outras na São Matheus. As fazendas são dedicadas ao cultivo de florestas para a produção de celulose, mas também abrigam áreas de conservação, reserva legal e de preservação permanente.


🌳⛅ O veado-campeiro é uma espécie historicamente distribuída por toda a região central da América do Sul, podendo ser encontrado em diversos biomas, incluindo a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal e os Campos Sulinos. Adaptado a ambientes de vegetação aberta, não é comumente associado às florestas.


O especialista argumenta que a nova casa do veado albino pode estar relacionado à busca por proteção e as sombras que os eucaliptos oferecem. Esse sombreamento extra pode ser particularmente benéfico para o animal, que tem pouca melanina na pele.


Em espaços muito abertos, como esses, os animais com albinismo têm poucas chances de sobrevivência. Portanto, os ambientes com florestas de eucalipto podem estar desempenhando um papel crucial na sobrevivência desse animal, de acordo com o professor José Maurício Barbanti Duarte, especialista em cervídeos e doutor em genética da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Jaboticabal.


🦌🦌 Segundo veado raríssimo em MS: Embora o veado semialbino de Inocência seja mais velho, o primeiro registro de um animal dessa espécie completamente branco em Mato Grosso do Sul foi registrado em Miranda, na fazenda Caiman, a 538 km de seu "irmão".


O filhote albino foi fotografado pela primeira vez pelo biólogo Gustavo Figueirôa, durante um safari pantaneiro, em outubro de 2023. O último registro dele, em abril de 2024, mostrou que o "bebê" está crescendo e desenvolvimento de chifres. O sexo do animal era um mistério até então.


Albinismo x piebaldismo

O albinismo é um traço genético recessivo amplamente reconhecido, tanto em humanos quanto em outras espécies animais. Nos animais afetados, a ausência de pigmentação resulta em pelagem completamente branca e olhos vermelhos.


Por outro lado, o piebaldismo é uma condição na qual ocorre um clareamento parcial da pelagem, mantendo os olhos escuros e algumas regiões do corpo com pigmentação. Geralmente, essas características se manifestam em populações onde há cruzamentos endogâmicos, ou seja, entre parentes próximos, o que facilita a expressão desses genes recessivos.


Embora o albinismo possa conferir uma aparência pitoresca aos animais afetados, é importante observar que sua ocorrência frequentemente está ligada a relações consanguíneas. Isso ocorre em populações com tamanho reduzido, onde a endogamia se torna mais comum.

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